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Um pedaço de mim deixado aqui
Violência domestica
escrevi tantas coisas,
mas perderam com o tempo...
esse tempo que me irrita,
tantas coisa uteis, ditas
muitas foram lidas
e no tempo foram esquecidas
hoje escrevo versos de saudade
saudades daqueles que não souberam ficar
tanta ânsia e vontade
vontade que me deixa a-vontade para amar
momento de felicidade
momentos de rir e de chorar...
desejo que passa em sílabas
Anilton Levy
Para escrever alguma coisa, eu tive que ler muita(s) coisa(s)
Ainda aprendo, aprendo todos os dias...
Sei que não sou perfeito, mas o que escrevo pouco a pouco caminha(m) pela perfeição
Escrevo sobre mim e dos que me rodeiam
Já errei, e ainda erro, mas cada vez mais erro menos
Larga-me,
Deixa-me ir
Larga-me,
Solta-me do seu pensamento
Larga-me,
Liberta-me por completo
De onde vem esse tormento?
Da para ver pra fora
O que sinto por dentro
Entre querer e o oposto
De onde vem essa perturbação que sinto
Sem querer prendes-me em ti
Sinto-me preso por ti
Já não quero mais
Solta-me
Faz mal o que é demais
Anilton Levy
Palavra kria mágua
Mágua pasa lentu
Pensamentu kria rivolta
Pé finkadu na txon
Dor di alma, dor di corpu
Dor diskansadu
Tenpu ki pasa lentu
Morti injuriadu
Sodadi volta na tenpu
Tenpu perdi kaminhu
Angústia ultrapasa injúria
Língua tranka na kunpanheru
Tradison bira mas forti
Na tenta ser forti durba forti
Sangui diramadu sen medu
Medu tropesa na speransa
Sperança Trufudja na atitudi
Atitudi ronba lágua
Lágua corta corenti
Tristeza diskarapi di alma
Nôs laço ta ultrapasa ses paso
Movimentu di guera bira gestu di dansa
Melodia di ordem frakise ku txabeta
Tereru spludi di alegria
Cintura treme di emoson
oxi es ta djobi nu ta djobi es ta fla nu ta fla
Ricorda pasadu é triste
Obriga volta pa pasado é crime…
Anilton Levy
Águas caindo no chão
Bate forte no portão
Fica para sempre, não parta não
Fica e alegra meu coração
Há muito que não ouvia esse barulho
Barulho?
Não! Música
A inimiga da seca
A desejada que deixa saudade
Única que consegue fazer ser verdade
O nome do meu país
Faz nascer o que na terra dá raiz
Sorrisos dos mais velhos alegram-me
A tua presença inveja a fome
Contigo por perto, a nossa alegria não dorme
Águas corriam por todo lado
As crianças corriam para ver o acontecido
És a visita mais esperada
Para o meu povo és ausência do nada
Cai de novo na nossa estrada
Chegas de mansinho
Fica mais um pouquinho
Para quê tanta pressa?
O meu povo clama pela tua presença
...
para todos os cabo-verdianos
ANILTON LEVY
O fanzine A Musa nasce para homenagear e agradecer Inês Ramos, ela que fez ser possível o nascimento do fanzine Banda Poética.
“À Musa – para jamais te olvidar”, da autoria de quatro cabo-verdianos: Anilton Levy, António Teixeira, Álvaro Cardoso e Sai Rodrigues.
Anilton Jorge Lopes de Sousa Levy, Cabo-verdiano, natural de Tarrafal de Santiago, lembra claramente das composições que fazia na escola, do seu envolvimento com o teatro, quase por obrigação, isso porque, fazia a pedido da sua professora. Mas, nunca imaginava que a escrita e o teatro viriam fazer parte da sua vida.
Em 2006, com 17 anos de idade, Anilton Levy entra num grupo de dança e de teatro "Fidjus di Bibinha Cabral", onde viria a desenvolver o seu espírito artístico. Em
2009 Anilton Levy começou a traçar os seus pensamentos no papel, mas nem lhe passava pela sua cabeça que em 2011 viria ver os seus pensamentos publicados nos jornais online, e receberia um convite de Mauro Mouro para participar num concurso internacional de poesia, onde viria a ser 2º classificado, com o poema "Deus danu Txuba".
Nesse mesmo ano 2011, Anilton Levy cruzou com o actor João Pereira (Tikai), que o convidou para participar num DVD de teatro chamado "Rapazinho Intentado",
baseado na música de Nha Nacia Gomes com o mesmo nome, a partir dai Anilton Levy passou a ser "Rapazinho Intentado", um apelido que ganhou do público cabo-verdiano.
No final de 2011 AL disponibiliza gratuitamente na Internet uma colectânea de poesia intitulada "Outra Estrada".
Para concluir as caminhadas feitas em 2011, em 2012 o jovem recebeu o troféu de "Jovem Tarrafal 2011", um reconhecimento dos jovens do grupo "Tarrafal Vinti Um".
No ano 2012, publicou mais uma coletânea de poesia denominada “Noite de Luz” em que os internautas propuseram o tema de poesia.
Participou no projecto “Despertar” a convite da direção da Biblioteca Municipal de Tarrafal, projecto este que visava a promoção da leitura, livro e ensinamento de teatro nas escolas e jardins infantil.
Participou com as suas poesias numa coletânea de Fanzine denominada “Banda Poética”, a par de mais 5 jovens cabo-verdianos.
Partcipou no DVD de Teatro intitulado “Pikinina”.
Foi um dos vencedores do concurso de poesia “Poesia de amor”, realizado no Brasil, como premio Anilton viu a sua poesia no livro “o livro do amor”.
AL, considera que o seu envolvimento com o mundo cultural lhe permitiu mostrar o seu talento, e que o seu despertar aconteceu muito tarde. Mas reconhece que há muitos caminhos pela frente, e que seguira com o objetivo de fazer brilhar a cultura.